Gestão por quem gerencia e para quem gerencia

Este é o Blog do Professor e pesuisador Gabriel A. L. A. Castelo Branco.

Seja bem-vindo ao nosso espaço de discussões de temas relativos à logística, gestão empresarial e marketing digital!

segunda-feira, 8 de março de 2010

O dia-a-dia da gestão

O cotidiano da gestão é realmente impreciso, imprevisível. Uma loucura se preferir.

O norte traçado pelos planos pode ser facilmente subjugado pela pressão cotidiana, pela pressão de tempo.

Clientes que não são clientes, normalmente, ocupam mais tempo que o necessário e trazem mais dor de cabeça do que merecemos. Impressionante.

Quando comecei essa caminhada coloquei como meta assegurar que meus subordinados seriam minha prioridade. Mas acabei por me enganar. Quase tudo passa a ser prioridade.

Na verdade tenho neles, os meus subordinados, na maior parte do tempo, minha maior ferramenta, minha maior arma cotidiana para debelar situações e problemas.

Estranho pensar isso.

Quando iniciei a caminhada, é claro que me inspirei em pessoas. Tenho meus referenciais. De diversos tipos e naturezas. Mas certamente apenas lembramos dos nomes quando vemos tudo dar certo. E comecei a me questionar, por que será que isso nunca acontecia com fulano A ou B, mas comigo... impressionante.

Como a analogia do livro que estou lendo agora: o gestor nada mais é do que o maestro regendo a orquestra.

Comecei a refletir sobre meu cotidiano e percebi que é justamente isso, só nos lembramos das orquestras nas grandes apresentações, nunca nos rotineiros e enfadonhos ensaios, estudos e treinos.

De repente me vi novamente adolescente na escola de música, com a orquestra. Sim toquei viola clássica e era membro do coral. Os ensaios eram algumas vezes massacrantes, e o regente sempre atento corrigindo a todos e a cada um em separado, com sua voz de comando precisa: da capo! E repetíamos tudo do começo, e mais, e mais...

Agora acho que gerenciar é ensaiar com a orquestra. Sempre colocando os melhores músicos na suas posições e creiam, agora percebo em profundidade o que disse o grande maestro Herbert Von Karajan de que o difícil mesmo é encontrar um bom segundo violino, todos só querem ser spallas, todos só querem aparecer e ser o número 1. Mas todas as funções tem que ser desempenhadas, todas as funções tem que ser desenvolvidas, cada uma com a máxima precisão e harmonia, se não a orquestra não funciona.

Nesse ensaio, colocar cada um no seu lugar e repassar a pauta é um grande desafio. Deus me ajude.

@castelodf

Nenhum comentário: