Gestão por quem gerencia e para quem gerencia

Este é o Blog do Professor e pesuisador Gabriel A. L. A. Castelo Branco.

Seja bem-vindo ao nosso espaço de discussões de temas relativos à logística, gestão empresarial e marketing digital!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Até o Google se adapta

Hoje fiz comentários na Band News FM, no espaço publicitário do UniCEUB, sobre o Google, em especial sobre o problema que essa empresa enfrenta na China.

Correndo risco de ter sua licença não renovada, a mega empresa da Internet, o Google, se rende e volta atrás com sua estratégia de driblar o governo chinês.

Em síntese, a idéia central do comentário que fiz foi sobre a necessidade de que as empresas têm, ao se internacionalizar, de observar aspectos diversos como cultura, política e geografia dos mercados-alvo.

A literatura é vasta sobre esse ponto e todos os referenciais apontam que esses aspectos versam sobre “forças incontroláveis”, cabendo às empresas em processo de internacionalização estudar, entender e se adaptar.

Por mais questionável que a cultura, o sistema político e econômico chineses possam parecer aos olhos ocidentais, temos que ter certeza de que se trata de um conjunto de forças lastreadas em quesitos muito mais profundos, de mutação lenta e particular.

Quem deveria se adaptar? A China, com sua cultura milenar, ou o Google?

A empresa entendeu o recado e resolveu acatar as orientações do governo chinês antes que percam a licença de operação naquele país. Licença essa que deve ser renovada depois de amanhã, 01/07/10. será que cola?

@Castelodf

domingo, 27 de junho de 2010

Marketing Ideas – valor na comunicação

A semana passada foi muito boa. O Social Media Brasil discutiu muitos assuntos interessantes e as reflexões foram excelentes.

Apesar de alguns tweets comentando sobre falhas, não vi nenhuma que merecesse destaque ou que tenha atrapalhado o evento.

No fundo, muitas reflexões me vieram a tona, como valor para as ações de comunicação utilizando as novas mídias eletrônicas.

Ficou patente o antagonismo que vivemos sobre como inserir novas mídias em sociedades virtualizadas, com consumidores cada vez mais independentes, autônomos, seletivos e críticos?

Minha primeira reflexão será sobre o que, a quem e de que forma deve ser essa comunicação.

Os meios devem, como observado, preservar cada vez mais os diversos perfis de público, seus interesses particulares contando ainda com a transmissão real de valor, na mensagem, que seja percebido pelo prospect ou receptor do conteúdo.

Valor sendo transmitido e fundamentalmente sendo percebido. Creio ser essa uma consideração relevante: que valor deve ser transmitido e em que meio de comunicação?

A resposta a esse questionamento, a meu ver, inicialmente, deve nortear boa parte das ações de comunicação em marketing.

@castelodf

terça-feira, 22 de junho de 2010

Social Media Brasil

Estarei no Social Media Brasil, nessa quinta e sexta-feira.

Aguardem inserções diretamente do evento.

@castelodf

domingo, 20 de junho de 2010

Retorno observado nos resultados da empresa

Leituras sobre as ações de marketing digital, na modalidade mail marketing, vem apontando resultados mais interessantes que os meios tradicionais similares, como mala direta e panfletagem.

Olhado aqui os números, uma ação apontou incremento de 10% em vendas.

Parabéns ao empresário que aceitou nossa proposta de exercício de envio de mail marketing.

Para mais informações sobre campanhas de mail marketing gratuitas para empresas, escreva para dica.df@gmail.com.

@castelodf

Vídeo sobre marketing

Trata sobre as mudanças, cambios, de marketing, muito legal, no endereço http://www.youtube.com/watch?v=Mc0ggyHcQBk

@castelodf

terça-feira, 15 de junho de 2010

Economia em excesso pode sair muito caro para a empresa

Mais uma vez pude ver a história se repetir. No anseio de reduzir custos uma empresa começou a fazer cortes gerais. Cortou de tudo. Foi uma festa da lucratividade.

Os cortes nos custos foram feitos de todas as formas. Foram custos fixos, variáveis, troca de fornecedores e por fim, corte de pessoal. Mas vamos do início.

O que relato transcorreu nos últimos dois anos e as ações foram tomadas e capitaneadas pelo mesmo gestor.

Tudo começou com a necessidade de reverter resultados financeiros da empresa.

Havia a percepção de que a empresa não tinha a rentabilidade adequada ou possível. Sempre ouvia reclamações do seu gestor de que a empresa não "rendia" o suficiente, para utilizar o conceito expresso pelo seu responsável. Particularmente interpretava a mensagem como sendo: a rentabilidade poderia ser melhorada.

Sem qualquer interferência e de acordo com o cotidiano dessa organização, observei que o gestor, unilateralmente, começou a fazer um sistema de procura, identificação e redução de custos na empresa, de forma simples e objetiva.

Inicialmente, houve a troca de fornecedores de itens de consumo interno da empresa. Excelente ação na minha opinião, afinal são trocados itens que não refletem nas ações comerciais da empresa ou de sua atividade, prestação de serviços. Foram atacados os custos fixos e as despesas.

Rapidamente comecei a sentir uma melhora nos resultados de caixa da empresa.

As economias, como a troca da marca do café utilizado, por exemplo, não refletiram na equipe qualquer tipo de desmotivação.

Mas é nesse ponto que problemas podem acontecer.

O tomador de decisão tem que ter claramente definido como conduzir as finanças de sua empresa. Com o intuito de reduzir cada vez mais os custos, ele iniciou um sistema de cortes em todos os custos da empresa.

O problema se deu quando os cortes atingiram os custos diretamente ligados à produção da empresa. Nos itens que são ligados diretamente ao produto adquirido pelo cliente. O impacto foi imediato.

Na troca de fornecedores de matérias-primas, por outros mais baratos, não foram observados critérios de qualidade, ocorrendo oscilação na percepção do cliente.

Vários clientes imediatamente reclamaram. Entre tantas reclamações muitos simplesmente informaram que não mais comprariam o produto da empresa. Não só informaram como desapareceram. Obviamente procuraram os concorrentes.

Posteriormente, a empresa se viu obrigada a estabelecer uma nova estratégia de preços, o que na prática significou uma remarcação dos preços para baixo, na tentativa de reconstruir carteira de clientes. Ainda observou-se substancial perda de clientes e faturamento.

Resultado: mesmo com o corte de custos, o faturamento também diminuiu dada a nova estratégia de preços. Na prática, muito se gastou e nada se conseguiu.

Para piorar, a sede pelo controle de custos não parou. Na última etapa foram cortadas posições funcionais na empresa e sacrificadas necessidades de investimento.

O corte de pessoal não foi feito simplesmente por demissões. Isso também ocorreu, mas em menor monta.

Com o passar do tempo mais funções foram repassadas aos funcionários e os que pediam demissão não eram substituídos. E cada vez mais os funcionários tinham mais afazeres.

Em paralelo, as condições de trabalho também eram reduzidas pelo não reinvestimento na estrutura da empresa.

Agora, o que se vê é a empresa em franco declínio. Presa em uma armadilha criada por ela mesma.

Não tem como ampliar preços, os clientes já não dão tanto crédito à qualidade dos produtos; os funcionários apresentam sintomas de estresse e fadiga, com, cada vez mais, faltas ao trabalho; tecnologicamente a empresa está desatualizada; e, os consumidores cada vez mais insatisfeitos e migrando para os concorrentes.

Tenho a convicção de que os cortes de custos, assim como as ações da empresa, necessitam de um objetivo específico.

@castelodf

terça-feira, 8 de junho de 2010

Relato de pesquisa: Mail Marketing para pequena base de clientes cadastrados por empresa do ramo de alimentação

O que relato em seguida é um mero estudo inicial sobre o uso de sistemas de comunicação, com finalidade promocional, para uma empresa de pequeno porte, localizada no Plano Piloto, DF, no final do mês de maio de 2010.

O experimento consistiu na realização de uma pequena campanha de mala direta, eletrônica, com cadastro de endereços de e-mails de um empresário, dono de uma empresa do ramo de alimentação, localizada na Asa Norte, DF, tendo como destinatários 627 endereços de correio eletrônico.

Foi interesse da pesquisa monitorar uma ação de mercado a fim de verificar o grau de penetração de uma ferramenta de Mail Marketing.

O experimento completo contempla dois enfoques:

1) efetividade de campanha – com os dados de envio e de leitura da mensagem; e,
2) aumento de vendas / resultado percebido – identificar o resultado percebido pela empresa sobre a ação.

Ressalto, contudo, que nesse primeiro experimento a mensagem, ou conteúdo, foi de cunho meramente institucional, convidando clientes já cadastrados a pedir produtos por tele-entrega, delivery, atividade a qual a empresa não realizava há algum tempo, por questões internas de produção.


A preparação

Como princípio, foram tomados cuidados quanto a forma de realização do experimento.

A fim de que não pudesse se configurar spam, ou mensagem indesejada, foi utilizada uma base de endereços oferecida pelo próprio empresário.

Foi utilizada uma base de endereços dos clientes cadastrados pela empresa, cujos nomes e endereços foram ofertados livremente por estes mesmos consumidores.

Ressalta-se, ainda, que as mensagens transmitidas continham em seu corpo campo para que fosse solicitado o cancelamento de envios de mensagens futuras, caracterizando a técnica opt out.

A arte das mensagens foi elaborada pelo Professor Gabriel Castelo Branco, obedecendo a uma modelagem predeterminada, contendo imagens e texto. Não houve maiores desenvolvimentos em arte.

A mensagem foi condicionada com aprovação do empresário. Seu conteúdo e teor foram de responsabilidade deste, que autorizou a comunicação em 28/05/2010, sendo as mensagens transmitidas em 31/05/2010, a partir das 13h.


A ação

Relato em seguida os eventos e resultados observados no primeiro enfoque.

1) Foram enviados 627 mensagens.
2) 77 destas foram lidas, sendo:
a. 43 na primeira hora
b. 11 até a quarta hora
c. 23 após a quarta hora
3) 113 dos e-mails não estavam mais ativos, e as mensagens, portanto, não foram entregues.
4) 2 destinatários solicitaram a exclusão de seus endereços da base de dados

Constatou-se no experimento que 12,28% das mensagens, considerando o total de endereços, foi entregue.

Dos entregues, 77, ou 14,98%, foram lidos.

Do total enviado, 0,31% dos destinatários, ou 0,38% das mensagens entregues, solicitaram o não recebimento futuro de novos e-mails, o que foi anotado, identificado e repassado ao empresário.


Os custos do experimento

Em se tratando de experimento realizado com intuito investigativo de levantamento de dados, a mensagem, sua criação, distribuição e acompanhamento, não geraram custos ao empresário.


Conclusões

Se desconsiderarmos os endereços desatualizados, a proporção de mensagens entregue alcança 14,98%.

Ambos os números, 12,28%, total geral, e 14,98%, efetivamente entregues, são muito superiores às taxas de leitura de campanhas similares realizadas por mala direta tradicional, meio impresso.

Com relação aos destinatários que optaram pelo não mais recebimento das mensagens, entende-se, grosso modo, a necessidade de seleção de opções em termos de marketing:

a) a retirada dos clientes da relação de campanhas e ações de fidelização, como benefícios futuros e esforços promocionais; ou,

b) a adoção de ações de aproximação e resgate desses clientes.

De qualquer forma, o número mostrou-se, estatisticamente, desprezível em relação ao total, mas com condições de possibilitar reflexões sobre ações mercadológicas futuras ao grupo não fidelizado de clientes, inimaginavelmente mais objetivo que os meios tradicionais.

Não identifico, de forma natural, como fazer análises dessa natureza, de forma tão objetiva, caso estivéssemos utilizando mecanismos tradicionais.

Os custos, por outro lado, são muito menores dos que se utilizando mídias tradicionais.

Em se tratando de mídia tradicional, como mala direta ou panfletagem, os seguintes custos, minimamente, incorreriam: criação de arte, confecção da mala direta e custos de envio ou de postagem de mensagens.

Não creio que seria possível assumir os custos da atividade para mero estudo, sem que parte ou mesmo o total fosse repassado ao empresário.

Esse ponto, em especial, me leva a considerar outros aspectos, como: qual o valor que deve ser dado a um simples Mail Marketing? O quanto deve valer isso? Valor, não preço.

O segundo enfoque está pendente de avaliação, esperando resultados do cliente.

O próximo passo é desenvolver, em tempo hábil, mais uma campanha, com os 77 destinatários, ofertando, via Mail Marketing uma ação de promoção de incentivo ao consumo. Vamos verificar o apelo da ação.

@castelodf